quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Li num livro

Minhas leituras ultimamente estão tratando muito de futebol. Coisas da profissão de estudante que exerço nas minhas horas vagas. O mais recente,que terminei mesmo foi A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar (Armando Nogueira, Jô Soares e Roberto Muylaert). Sobre o livro já escrevi no Leio Enleio. Aqui quero abordar alguns pontos que realmente aprendi com ele.

1.Deixar estádio pronto nas vésperas do evento não é coisa nova. O Maracanã, palco da final fatídica de 50, não estava pronto quando a Copa do Brasil de 1950 começou.

2.Na década de 50 a rivalidade entre Rio de Janeiro e São Paulo era tão grande que se escalava para os jogos no Rio mais jogadores cariocas e nos de São Paulo mais paulistas.

3.Estou chegando a conclusão que quando o empate basta para o Brasil é melhor que os jogadores não saibam. Eu não sabia, mas na final de 50 o Brasil só precisava empatar com o Uruguai.

4.Não é de hoje a mania que temo de colocar a culpa em algumas pessoas. A Copa de 50 foi a vez de Barbosa (o goleiro). Mas isso o livro só confirmou.

5.A Copa de 50 foi a primeira depois da Segunda Guerra Mundial. O Brasil, portanto, era o melhor candidato a sede porque, simplesmente, a Europa ainda estava destruída. A de 54 foi na Suíça porque era considerado um país neutro no conflito.

6.Teve uma tal história que em uma saída de bola o técnico brasileiro da Copa de 54 tentou trocar a bola do jogo pela que a seleção estava acostumada a treinar. Mas não foi só isso...

7.... depois do jogo que desclassificou o Brasil da Copa da Suíça, contra a Hungria, o time brasileiro partiu para a pancadaria. Uma vergonha! Esta foi a batalha de Berna.

8.Por falar em Hungria, os húngaros foram os primeiros a fazer aquilo que, hoje qualquer atleta sabe que tem que fazer, aquecimento. Segundo relatos dos autores os húngaros já entravam em campo suando e por causa disso quase sempre os dois primeiros gols eram deles e logo no início.

9.Na Copa de 50 o Brasil jogou de camisa branca com golas azuis em 54 já era a amarela, escolhida por ser uma das cores da nossa bandeira e por, com exceção da Suécia, não ter outra seleção com esta cor. A Suécia, aliás, foi a outra finalista da Copa de 58 e o Brasil teve de jogar com a camisa azul.

10.Desde sempre a Argentina é a grande rival do Brasil. Só a partir da era Pelé é que “passou a ser normal ganhar da Argentina.

11.Na década de 50 os árbitros usavam camisa amarela e calça cumprida branca, além de tênis, claro. Ah, “e não tinham coragem de marcar pênalti, a menos que a falta dentro da área fosse brutal”. Foram os árbitros ingleses que vieram apitar na Copa de 50 que começaram a marcar pênalti e a usar uniformes pretos, calções e chuteiras. Claro que o brasileiro não deixou por menos e os ‘pais do futebol’ foram recebidos com assobios e risadas até que o costume pegou.

12.Ninguém lembra da de 54 aqui no Brasil porque ela é um sanduíche, digamos assim, entre a nossa pior derrota (a final contra o Uruguai no Maracanã) e a nossa maior glória (o primeiro campeonato disputado contra a Suécia).

13.Frase do Armando Nogueira que eu adorei (uma das tantas que tem no seu texto). Trata da Copa de 50: “Pela primeira vez, que eu visse, os deuses do futebol decidiram castigar a soberba de uma nação”. Então vamos lá, que a próxima é aqui também.

sábado, 9 de outubro de 2010

Mais do Glossário do futebol

Estou lendo o livro O futebol explica o Brasil, do jornalista Marcos Guterman. Espero em breve fazer um post sobre ele no Leio Enleio. Mas por enquanto (e neste espaço) gostaria de falar sobre algumas curiosidades apontadas pelo livro. Certamente elas podem se justar ao post sobre impedimento no que diz respeito ao glossário futebolístico que, por vezes, surge neste blog. Então vamos lá.

Quando falamos em um campinho simples, quase sempre sem grama, que aparece em um terreno baldio, de um bairro qualquer costumamos, pelo menos aqui no Brasil, chamar de campo de várzea. Tal denominação pode ser explicada lá nos primórdios do futebol em terras tupiniquins. Inicialmente o esporte bretão chegou ao país com um caráter essencialmente amador (e bom que se diga de elite). Em São Paulo a alta sociedade da cidade costumava se reunir na Várzea do Carmo “nas proximidades das ruas do Gasômetro e Santa Rosa” (Guterman, 2009, p. 20). Parece que eu estou vendo a sua cara perguntando ‘ué, mas se era da elite por que ficou conhecido como simples, sem condição?’. Para isso eu respondo: calma que chegaremos lá.

O que acontece é que os operários também começaram a organizar seus times já que não poderiam se juntar aos dos patrões (isso pelo menos desde 1903, segundo o livro que estou lendo). Estes times começam a se reunir justamente neste campo, da Várzea do Carmo. “O nome várzea, por esta razão, acabou servindo para designar qualquer time e qualquer campo com as características amadoras em jogos sempre aos domingos” afirma Marcos Guterman. Mas só para lembrar o significado de várzea para o dicionário que tenho em mãos e que foi comentado pelo professor Pasquale: “Campina cultivada. Planície de grande fertilidade. Terrenos baixos e planos, sem serem alagadiços, que margeiam os rios e ribeirões; vargem”.

O amadorismo e o profissionalismo disputavam forças em um cabo de guerra que parecia emocionante mas que mostrava que a tendência para o último era grande. Neste sentido o Vasco foi um dos times pioneiros, especialmente depois que foi realizada a fusão entre o clube de remo e o Lusitânia. Entre vários motivos os jogadores do Vasco, formado basicamente por negros e operários, eram atraídos para o clube por causa das promessas de “remuneração por vitória – às vezes em dinheiro, às vezes em troca de animais”(p. 54). Lembrando para os que não sabem: bicho é como é chamado o pagamento que os jogadores recebem por vitórias. Animais, bichos... Eu me diverti quando li isso!

E só para não dizer que não falei das flores, ou melhor de Charles Miller, lá vai. Ele não foi só quem trouxe o futebol para o Brasil ele também jogava bem e chegou a criar e/ou dar nome a um drible, a ‘chaleira’, também conhecida como ‘letra’. É aquele drible que “o jogador toca a bola por trás do corpo com o calcanhar” (p. 32). Segundo Marcos Guterman chaleira é uma “corruptela de ‘Charles’” (p. 32) e não tem nenhuma relação com a chaleira de esquentar água para fazer chá ou café.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bisbilhotando o blog alheio

A palestra de Marcos Castiel para os alunos do curso de Jornalismo da Satc foi 10. Foi por ela que cheguei ao blog do Castiel. Gostei bastante.

Não vou conseguir me controlar....

Achei estranho e quero aqui perguntar:

O ex-técnico do Santos, Dorival Júnior, foi demitido pelo que estão dizendo que ele foi?

O que estamos fazendo com nosso ídolos, de novo?

Hoje era isso!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Duas coisas...

Duas coisas me chamaram a atenção neste fim de semana.

A primeira foi a entrevista que li da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, no site globoesporte.com. Gostei e foi bastante explicativa para mim. Gostei do que li. Gostei da postura que ela assumiu diante do clube (e diante da crise que o clube passa). Na boa que me pareceu um bom exemplo para outros dirigentes.

A segunda foi o ‘jogo falado’ de Neymar. Neste momento fiquei preocupada e triste. Um menino de dezoito anos, ídolo de uma torcida não pode ter algumas posturas. Isso para mim serve para qualquer ídolo, independente de idade, área de atuação... Suas atitudes chegam, para mim, perto das de Felipe Melo tão falados durante a Copa do Mundo. Para quem joga futebol, ou qualquer outro esporte, a primeira coisa é trabalhar em equipe. Não adianta apontar culpados. Há um sistema por trás disso que esquece que Neymar é um garoto que precisa de nãos e que deve aprender a ter equilíbrio para poder ser, de fato, um grande ídolo.

Não gosto de terminar com ‘ses’, mas vamos pensar, só para constar: E se ele tivesse ido para a Copa? E se tivesse tido atitudes como sem pensar em momentos de decisão?

O post de hoje é mais para constar. O que acham de tudo isso?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que fazemos com nossos ídolos?


Que eles estão por toda parte e fazem parte da nossa vida, simplesmente como pessoas admiráveis ou como verdadeiros mitos, eles estão e disso não se pode ter dúvida. Mas o que fazemos com estas pessoas... para onde as mandamos quando, por algum motivo, elas saem da cena principal? Fiquei pensando nisso quando vi a entrevista que o ex-jogador e ex-treinador do Flamengo, Andrade, concedeu ao programa Esporte Espetacular.

Até o ano passado não conhecia muito da história de Jorge Luís Andrade da Silva. Para mim ele era o auxiliar técnico do Flamengo, que estava lá há um bom tempo. Ponto. No ano passado ele se tornou o grande líder de um time que saiu da lama para conquistar o sexto título brasileiro. Muito mais do que isso ele foi o exemplo do ídolo-fã. Aquele que construiu uma carreira como jogador, fez parte de uma geração de ouro, e também fez grandes conquistas do outro lado. Guardada as devidas proporções acho que Andrade, tem um pouco de Zico com relação a isto.

Tirando esta parte, digamos, mais emocional. Claro que a diretoria teve seus motivos e o caso não é a demissão.

Vamos pensar em uma coisa. Quantos técnicos são demitidos (e nunca vi um país para tanto rodízio de treinador de futebol) e quantos, de fato, ficam desempregados por mais de seis meses? Poucos, bem poucos. Eles são a cara de um time e no dia seguinte estão em outros. Vamos pensar que o Murici, para mim, era a cara do São Paulo; o Felipão era a cara do Grêmio e depois do Palmeiras assim como o Luxemburgo foi durante um tempo a cara do time do Palestra Itália.

Porque o Andrade não está empregado é a dúvida que paira no ar. Será incompetência técnica (acho difícil, especialmente por 2009); sua imagem está associada ao do clube rubro-negro (talvez); preconceito (espero que não. Aliás, só levanto esta hipótese porque a levantaram ontem na entrevista).

Na verdade só estou escrevendo este texto porque realmente fiquei intrigada com a matéria de ontem (é o jornalismo agendando nossos assuntos lembram colegas jornalistas). Não quero desmerecer o trabalho de ninguém. Quero saber o que fazemos com nossa memória e com pessoas que foram, e são, importantes dentro da história de um esporte tão falado dentro do Brasil. Claro, Andrade não será o primeiro nem o último e ai está a minha preocupação.

Do drible ao Pas de Deux

Este é um vídeo que eu acho que tem tudo a ver com o conteúdo deste blog. Minhas alunas do curso de Jornalismo, Juliana Nunes e Elizangela de Bona, fizeram para o projeto de Tele. Vale a dica:

http://www.youtube.com/watch?v=MTcaIK9NCzk

Parabéns meninas!!! Ficou muito bom e, talvez, seja uma belo chute no preconceito que envolve as duas práticas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Levantou poeira para tirar o pé do chão


Talvez a música de Ivete Sangalo nunca tenha sido tão usada (ou tão lembrada) quanto no dia em que a Fonte Nova foi implodida (29/08). O Estádio Otávio Mangabeira foi implodido para dar espaço a Arena Fonte Nova, que deverá ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Setecentos quilos de explosivos transformaram em poeira quase sessenta anos de história (conforme o site Wikipédia o estádio foi inaugurado no dia 28/01/1951), mais de trezentos clássicos baianos, entre Bahia e Vitória, ou simplesmente Ba-Vi.

Na verdade a Fonte Nova levou com sua poeira muito mais do que isso. Levou parte da identidade de muitos baianos que viam lá uma casa em que se reuniam com seus semelhantes, seus compatriotas de futebol, para sorrirem ou chorarem juntos. Cada vez mais me impressiono com a força do esporte! O que a poeira deixou foi saudade, mas a certeza de que tragédias como a que aconteceu em 2007 não vão e não devem mais acontecer ali (uma sede da Copa do Mundo).

É engraçado como os símbolos e ícones nos reúnem em torno de uma mesma causa ou celebração. A implosão da Fonte Nova me fez ver lágrimas em pessoas que pouco se envolvem com o futebol, mas trazem consigo a lembrança da infância: pai e irmãos indo torcer, indo celebrar. Da mesma forma me fez ver pessoas que demonstram todo o seu amor pelo time se emocionarem e fazerem silêncio por um minuto em respeito, in memoriam. De fato foi o que restou: Memória. Tudo isso forma a identidade de um povo, tudo isso forma uma nação.

Até 2014 vai ser assim: casas serão reformadas (olha o Maracanã ai gente!), casas serão construídas (o estádio do Corinthians), outras foram demolidas para dar espaço ao novo (a Fonte Nova).

Hoje a poeira levantou. Amanhã veremos torcedores tirar o pé do chão com suas coreografias e seus hinos.

FONTES:
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5613846
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/08/estadio-da-fonte-nova-e-implodido-em-salvador.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Oct%C3%A1vio_Mangabeira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A sociedade do Espetáculo no Futebol

Em primeiro lugar mil desculpas quanto a demora. Nossa estava com saudades! Mas ultimamente sobra ideia para pouco tempo. Estou lendo vários livros que dizem respeito à Sociedade do Espetáculo e crítica da mercadoria. Tais leituras estão me fazendo refletir sobre algumas questões relacionadas ao esporte nacional. ‘Pronto’, pode pensar, ‘lá vem ela... Este texto deveria estar em outro blog’. É e não é. Certamente ele se fará presente, com outra cara, no tal blog mas certamente acho que ele é muito pertinente aqui.

Fiz estas ligações quando, lendo Guy Debord e vendo matérias ligadas, especialmente, ao Santos (neste momento meu amigo leitor olha a tela com cara de quem diz: agora pirou de vez!). Calma! Vamos ver se consigo me explicar melhor...

Na verdade o Santos me deu a ideia, mas pode se aplicado a quase tudo. Vamos lá: primeira citação que me trouxe este comentário que aqui escrevo “o espetáculo é a principal produção da sociedade atual” (p. 17). Ah, e “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens”(p.14).

Agora vamos comigo ao futebol. Na boa, se tem uma coisa que se faz com o futebol nos dias de hoje é espetacularizar. Quantos times nem são isso tudo mas para quem só vê as matérias dos jornais parecem? Não que eu seja radicalmente contra isso. Imagens e matérias emotivas e tudo mais são muito legais de ver. Ver o espetáculo que as torcidas dão idem. Mas tem uns exageros que nem sei. É o que me faz acreditar na velha história do ‘pão e circo’ sendo o futebol, no caso, o nosso circo (e bota circo nisso!). É bom lembrar que circo aqui não apenas aquele que nos diverte, mas o que nos diverte e nos tira a direção. E ai, mais uma vê, trago Guy Debord dizendo que “quando o mundo real se transforma em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico”.(p. 18) O futebol da mídia torna-se de fato uma relação pessoal que é feita através das imagens que são encaminhadas para nós sobre os jogadores (imagens, aliás, boas ou ruins).

Agora, por que pensei nisso quando vi o Santos? Porque o Santos é o time da vez. Os meninos dançadores jogam bem, admito. Mas confesso que por vezes me questiono se parte do que eles jogam não fica mais evidente tendo a mídia toda em cima. E um pouquinho pior, na minha opinião, mostrando o que eles têm ou deixam de ter (com 19, 20 anos) por causa do futebol. Não que eles devam deixar de comprar mas tornar tudo isso um espetáculo? Será? Citei o Santos mas reafirmo: cabe para qualquer time que se tornar a estrela deste palco ou para qualquer ator que se apresentar em monólogos nos palcos verdes dos campos de futebol.

P.S: Obviamente todas estas imagens e espetáculos possuem ainda uma coisinha bem legal (ou não dependendo de quem ler) elas criam as identidades necessárias para, de alguma maneira, estes torcedores se sentirem parte de uma nação. Tais identidades, diversas e heterogêneas que formam nações dentro de nações, tribos dentro de tribos, são próprias dos nossos tempos... ta bom, terminei.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quais as cores do Flamengo?

Todo mundo sabe: Vermelho e Preto (pelo menos atualmente). Mas neste domingo me surpreendi (mesmo sem muita surpresa) com o uniforme utilizado pelo time carioca no jogo contra o Corinthians: azul e amarelo. Explico: eu sabia que o Flamengo tinha como terceiro uniforme as tais listras azuis e amarelas e sabia também que poderiam ser utilizadas em jogos oficiais fora de casa mas, confesso, achei muito esquesito quando vi. Foi quase: "ué, o Flamengo está jogando contra quem?".

Para os que não sabem as primeiras cores do Flamengo eram azul e dourado (amarelo) mas como as duas cores desbotavam demais e eram difíceis de encontrar adotaram o vermelho e preto. As novas cores caracterizam até hoje o time da Gávea. Já as do terceiro uniforme são uma homenagem histórica. Homenagem válida em um ano pós hexa campeonato.

Podemos analisar esta homenagem da seguinte forma (e aí vou pedir licença para tentar esboçar um pouco do meu trabalho acadêmico): entre outras coisas, para se formar o sentimento de nação é necessário que se tenha uma história forte e que relembre a sua fundação. Portanto, esta ação de marketing do Flamengo colabora para o sentimento de nação que faz a torcida rubro negra se auto denominar 'nação' (como quase todas as outras torcidas). É isso.

Ah, o Flamengo perdeu por 1x0 e o Júlio César, goleiro corintiano, agarrou muito bem.

domingo, 1 de agosto de 2010

Impedimento no futebol

Por que o jogador da Argentina, no jogo contra o México pelas oitavas de final da última Copa do Mundo estava impedido?

Estar em posição de impedimento não é exatamente uma infração no futebol. Por isso nem sempre a situação é apontada pelo assistente de arbitragem (o bandeirinha). Ok. Mas o que é impedimento. A resposta que eu encontrei no livro Futebol 10 (comentado no leioenleio.blogspot.com)foi a seguinte: “O jogador atacante está em posição de impedimento quando está mais perto da linha de fundo do que a bola e o penúltimo oponente” (CLOAKE, DAKIN, POWLEY, RADNEDGE e SAUNDERS, 2009, p. 149).

Tradução:

1.Não necessariamente precisa ser o atacante, vamos ler jogadores (especialmente o que jogam na linha);
2.Esta posição deve ser detectada na hora do passe;
3.Penúltimo oponente quer dizer que dois jogadores devem estar na sua frente: o goleiro mais um (que normalmente é o zagueiro) ;
4.Obviamente se ele estiver na mesma linha do tal penúltimo jogador ele não está impedido.

Então, o gol da Argentina foi ilegal porque o jogador que estava mais perto do gol (que se não me engano era o Tevez) estava também atrás do penúltimo jogador mexicano (ele estava entre os dois últimos jogadores mexicanos ) na hora do passe.

Mas como eu disse nem sempre esta posição é apontada pelo auxiliar e pelo juiz. Isso acontece porque, as vezes o juiz entende que o jogador não estava participando da jogada e, por isso, não está “tirando vantagem com a situação”, por exemplo.

Agora, se o jogador receber a bola diretamente de um arremesso lateral, de um tiro de meta (quando a bola sai pelo fundo e foi tocada pela última vez por um jogador do time que está atacando – é o goleiro que bate) ou de um escanteio (quando a bola é batida lá do canto. Diz-se que um time concedeu escanteio a outro quando a defesa toca pela última vez na bola antes que ela saia pela linha de fundo).

Acho que é isso. A dificuldade em apitar este lance, como quase todos, está no fato de que a arbitragem não tem reprise para reavaliar o lance. A Fifa ainda não permite este tipo de artifício. Então, “a regra é clara” mas depende do olho humano.

P.S: Também existe uma tal “linha de impedimento”, normalmente ouvimos: “o time fez a linha de impedimento”. É quando a zaga tenta deixar o atacante impedido e para isso volta para ficar posicionada antes do jogador adversário.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prontos para a próxima copa


Mano Menezes o terceiro técnico gaúcho nos últimos dez anos... O que devemos esperar dele?

Não tenho dúvidas da carreira dele: Excelente, com muitos resultados positivos. Portanto, este é um ponto positivo. Se o problema de Dunga foi a falta de experiência a história não se repetirá desta vez (a não ser que conte a experiência como jogador que ai, vamos combinar, Mano não tem uma graaaaaaande experiência.

Sobre a nova convocação.... Gostei. Acho que os próximos anos serão de testes e assim devem ser. Dar experiência aos que nunca vestiram uma amarelinha e mostrar que a pressão é grande. Já comecei gostando da convocação do goleiro do Avaí, Renan. Um jogador de time catarinense é uma grande e grata novidade.

Então, qual a opinião de vocês?

P.S: Eu sei o campeonato brasileiro está ai e eu juro que ainda esta semana faço um comentário sobre ele.

Um abraço

terça-feira, 20 de julho de 2010

Os que eram para ser e não foram

Vamos ver se correspondo a expectativa do senhor Anônimo que por vezes aparece por aqui. A ideia é fazer um último post sobre a Copa do Mundo falando sobre aqueles dos quais esperávamos muito e não corresponderam. Não vou falar das seleções quero falar de alguns jogadores.

Pontuando:

1.Kaká: estamos esperando pelo melhor futebol dele a algum tempo. Na copa de 2006 ele tinha tudo para estourar e não foi este ano uma contusão deixou o meu objeto de estudo muito tempo parado e na África não rendeu o que gostaríamos que rendesse. Confesso que achei que ele teve uma boa atuação, não a melhor mas boa. Como disse no jornal ele era fundamental no time tanto que no jogo em que não estava o Brasil não marcou. Mas o mundo esperava mais dele.

2.Cristiano Ronaldo: um belo gajo, sem dúvida, mas que, na minha opinião podia ter desenvolvido um melhor futebol. Na verdade não conheço muito este jogador. Sei que ele é um destaque e que joga muito mas sempre que ele aparece o que mais vejo são elogios a sua beleza. Portanto, pelo pouco que conheço esperava mais.

3.Messi: Este não conseguiu quebrar seu próprio tabu. Joga muito (foi considerado o melhor jogador de 2009) no time dele. Na seleção argentina não mostrou tudo que sabe. Será que falta de intimidade com o futebol argentino já que saiu cedo de sua terra natal para fazer carreira no exterior? Não sei, mas que o mundo esperava mais dele isso esperava.

Agora não posso deixar de fazer um destaque positivo aqui. Maradona. Antes de tudo quero dizer que eu nunca fui muito com a cara dele. Não gosto do que ele fala, acho meio arrogante mas nos últimos tempos tenho que confessar que passei a admirar mais seu futebol (eu disse futebol, o que ele jogou a muito tempo). Mas nesta copa ele foi um grande destaque como técnico. Realmente me surpreendi com as atitudes dele em campo, com os jogadores, com os torcedores. Não vejo no Brasil um jogador/técnico que una tão bem o país que seja aclamado pelos torcedores todos (Zico, talvez). Claro que acho tudo um grande exagero (ele tem até uma religião) e que temos que levar em conta as devidas proporções: O Brasil é bem maior que a Argentina. Mas este foi meu destaque positivo.

P.S: Anônimo caso tenha mais algum da série "os que eram para ser e não foram" por favor contribua.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lista dos campeões mundiais

Só para complementar o post anterior porque ontem ouvi algumas pessoas dizendo que a Espanha era a nona seleção a levar ao título. Vamos aos números:

Uruguai: 1930, 1950
Brasil: 1958, 1962, 1970, 1994, 2002
Argentina: 1978, 1986
Alemanha: 1954, 1974, 1990
França: 1998
Itália: 1934, 1938, 1982, 2006
Inglaterra: 1966
Espanha: 2010

Foram dezenove mundiais e oito campeões. A Holanda é pela terceira vez vice. Foram três finais e três segundos lugares.

Mais um campeão mundial

A final foi ontem e todos sabem quem foi o campeão mundial de 2010, portanto não preciso ficar falando que a Espanha ganhou (com louvor) o jogo de ontem. Vamos então a um breve balanço deste mundial com base em algumas coisas que vimos ontem.

Esta de fato foi uma copa diferente (digamos com algumas zebras). Começando pelo primeiro dia que começou com uma tristeza que só com a morte da bisneta de Mandela, que apareceu ontem no encerramento. A bola desta copa foi a primeira a ser chamada pelo nome oficial. A Jambulane apavorou muita gente, mas no fundo, no fundo que sabe jogar bola, sabe e pronto, não precisa ficar dando desculpa. Ontem, também terminou o tormento das vuvuzelas (que nada mais eram do que as nossas famosas cornetas).

Mas vamos aos jogos...

O que foram os árbitros? Como eles aprenderam a conversar e a ser conciliadores. Vamos combinar que tem hora que uma conversinha basta mas em outras... o vermelho é pouco (a pesada no peito contra o jogador espanhol, doeu em mim) e olha que eu nem estou falando dos empedimentos dados ou não. Estou falando de violência e de encenação (mais uma coisa que temos que concordar: a Holanda chegou a final com bons números de teatro, jogou, mas encenou muito bem. Assim como a Costa do Marfim – tiraram o Kaká com uma grande cena: o nariz foi parar no peito do jogador do time africano). Portanto, vaia merecida a de ontem.

Só lembrando: quem eram os favoritos no início da copa? Alemanha, Brasil, Itália, Argentina e Espanha. Duas delas perderam um jogo na primeira fase: a Espanha para a Suíça e a Alemanha para a Sérvia. O Brasil e a Argentina saíram nas quartas e a Alemanha na semi. Quem ficou? A menos acreditada das favoritas, aquela que eu cansei de ouvir: a Espanha é favorita coisa nenhuma... digamos que foi a única que jogando de azul não perdeu o jogo (lembrando da França e da Itália – que têm azul até no apelido – e do Brasil que quando jogou de azul, pimba.

E as penalidades máximas perdidas? Gente, cada um que podia ter mudado a história desta copa...

Também podemos dizer que foi o primeiro mundial que teve um verdadeiro profeta (ou dois depende do ponto de vista). O que foi o tal do polvo Paul? 100% de acerto. Um desafio para muitos videntes profissionais, heim!

O que restou destes mais de sessenta jogos? A lição de que temos que jogar em equipe, não somos sozinhos neste mundo; melhor não julgar; temos que aprender a ganhar e principalmente perder (bem falou o jogador alemão), nós latinos (pelo menos os da América) ainda temos uma certa dificuldade com isso; os árbitros devem se especializar (e quem sabe a Fifa não deveria pensar no tal GPS na bola), favorito é favorito, mas jogo é jogado (como diz minha amiga Marília), treinamento é imprescindível, nem sempre o azul é uma boa cor para se jogar, é bom levar em consideração o que o polvo fala e é melhor não pedir para o Mick Jager fazer torcida pelo seu time.

Por enquanto é isso. Estou preparando mais cositas (Anônimo, não esqueci da sua sugestão).

P.S: Gostei bastante do uniforme da Holanda. Em cada partida tinha identificado o nome do adversário. Também gostei da atitude deles depois que receberam as medalhas: um corredor para saldar os campeões.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fúria enfurecida


Tá bom: no começo Espanha e Alemanha eram favoritas. As duas jogaram hoje mas vamos combinar que a grande maioria apostou nos alemães, principalmente depois do chocolate contra a Argentina.

Então final inédita: Espanha e Holanda. Nenhum dos dois ganharam título ainda e quase sempre entram como favoritos.

É, façam suas apostas... quem será o novo campeão mundial?

P.S: Esta copa revolucionou: o time alemão com menos alemães, um time africano bateu na trave para ir para a semi final, times favoritos perdem nos jogos iniciais, a terceira maior goleada dos mundiais aconteceu e a Alemanha perdeu para a Espanha (que estava enfurecida).

FOTO: www.globo.com

sábado, 3 de julho de 2010

Culpa de quem?

Estou desde ontem pensando no que escrever aqui. Fiquei um pouco chocada, triste... realmente nao esperava mas neste momento não esperava pela desclssificação. Ao contrário de muitos brasileiros concordo com a maioria das posições adotadas por Dunga. Acho que de fato ele foi coerente em suas posturas vejo ele como um cara que consegue ver o jogo e compreende que se jogadores experientes já podem se descontrolar os inexperientes nem se fala.

Li e vi várias coisas de ontem para hoje. Mas uma coisa de fato eu não entendo no ser humano: por que esta necessidade gigante de encontrar um culpado? Quem tem culpa em um jogo de equipe? O técnico apenas ou todo o grupo? É fácil apontar de fora, simples demais. Comecei a pensar em outras copas e lembrei por exemplo da de 2006.Parreira convocou quem o Brasil queria que fosse convocado, deu no que deu. De quem foi a culpa? Do técnico, dos jogadores ou de todos os brasileiros que 'escalaram' a seleção? E em 98? A culpa foi do Zagalo? E em 1982? O nosso Dream Team perdeu na Espanha? Só para compensar vamos pensar nas vitórias. Em 2002, de quem foi a culpa por termos conquistado o título? E em 1994? Era o mesmo técnico de 2006 e lebram quem era o capitão?

É minha gente, tudo o que li de ontem para hoje só me fazem concordar com o jogador alemão falou dias atrás: Os latinos não sabem perder. Nós não sabemos perder, nos achamos o máximo no futebol e por isso nos sentimos na obrigação e ganhar sempre e quando perdemos (pimba) temos que achar um culpado.

Vamos parar de criar vilões. Nenhum jogador ou técnico pode ser apontado como único culpado isso só nos torna piores.

Sobre o Dunga o contrato dele era de quatro anos, não lembro de nenhum técnico que tenha ido para duas copas seguidas. Se tem por favor coloquem aqui.

PS: No momento em que este texto era redigido o jogo Argentina e Alemanha terminou. Ufa, não precisaremos ver Maradona como veio ao mundo. Será que o Mick Jagger estava torcendo por nossos hermanos? O consumo de televisores também irá aumentar na Argentina.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Canarinhos x Laranja Mecânica

UUUUUIIIIIIIII, chega a dar um arrepio só de pensar no jogo de amanhã, ou de hoje, depende. Dois de julho será marcado por mais um confronto entre Brasil e Holanda em Copas do Mundo. É o quarto. Saldo positivo para nós (ganhamos dois)

Dezesseis anos atrás este mesmo confronto aconteceu nesta mesma fase da Copa e, para os esquecidinhos, deu Brasil (3x2- gols brasileiros de Bebeto, Branco e Romário). Dos três dois me marcaram profundamente: 1. Branco voltava de uma contusão e fez um gol lindo de falta - sério é um dos que mais me emociona até hoje! 2. O Bebeto tava louco para fazer um para o filho, Matheus, e eternizou a comemoração do 'embala bebê'.

Em 98 o bicho pegou e fomos para os pênaltis na semi-final, ganhamos, mas vamos combinar que nos pênaltis é sofrido - Haja coração!

O terceiro, quer dizer, o primeiro, foi em 1974 e a Holanda ganhou por 2x0, mas, por motivos óbvios, eu prefiro não comentar este jogo.

O fato é que todos esperam um jogão! E eu acho que o placar será de 1x0 (prefiro não dar chance para a Holanda marcar, por isso o zero, e sinceramente espero que não vá para os pênaltis).

Holanda, minha gente, é sempre Holanda. Na década de 70 eles criaram uma tática de jogo que revolucionou o esporte e deixou muito time de cabelo em pé! O que hoje conhecemos como Carrossel Holandês. Então é sempre bom jogar prevenido. Segundo algumas estatísticas a nossa defesa é melhor e o ataque deles está mais, digamos, eficiente em 2010. A prova dos nove será amanhã. Então, vamos lá, corrente para frente e sucesso Brasil! Porque sorte a gente sente para aqueles que precisam contar com ela!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mais um santo junino


Leovegildo Lins da Gama Júnior ou simplesmente Júnior (vamos combinar que bem mais sonoro). Certamente este é mais um daqueles jogadores do Clube de Regatas Flamengo que todas as torcidas gostariam de ter visto jogar no seu time. Júnior e Zico fizeram miséria no time rubro-negro dos anos 80.

Agora vou dizer uma coisa com a qual fiquei chocada: Júnior é paraibano! É sério! Com aquele sotaque e jogando no Flamengo nunca pensei que ele fosse de outra cidade que não o Rio de Janeiro. Mas não é. Júnior é de João Pessoa. Olha o Flamengo sem fronteiras a nação que transcende os limites territoriais.

Júnior nasceu no dia 29 de junho (e por isso minha homenagem, atrasada é certo). Pelo que conheço dos torcedores do Flamengo posso dizer que se 3 de março é Natal (aniversário de Zico) o mês de junho ganhou mais um santo a ser homenageado junto com Antonio, João e Pedro: Júnior (ou Capacete como ficou conhecido nos tempos de jogador).

O hoje comentarista da Rede Globo jogou como lateral esquerdo e meio campo do rubro -negro carioca (jogou muuuuuuuuiiiiito). Pude vê-lo jogar no Campeonato Brasileiro de 1992, lembro bastante deste jogo (contra o São Paulo), mas foi apenas um dos quase novecentos jogados pelo Capacete.

Então é isso. Parabéns Júnior (pelo aniversário, pelo sucesso, por tudo)!

P.S: Em 1992 ele ganha o apelido de Vovô Garoto por causa da idade que tinha: 38 anos em plena forma! Neste ano sagrou-se campeão brasileiro com o grupo do CRF.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Brasil e Chile

Com o time completo em campo e tendo a obrigação de ganhar (se não voltava para a casa) o Brasil parece ter acordado e apresentou um futebol melhor do que o que vinha apresentando. Particularmente sou da opinião de que jogo bom e aquele em que o time, para o qual torcemos, ganha mas também é verdade que sentimos falta do futebol solto e alegre que muitos de nossos jogadores costumam apresentar. Claro que não foi o futebol arte e que jogadores como Kaká ainda não mostraram tudo o que podem. Mas estamos melhorando.

Sobre a atuação do Brasil até aqui vejo que está muito legal. O espírito de equipe, por exemplo, está melhor do que em 2006. O grupo que foi para a Alemanha tinha grandes estrelas, que foram extremamente expostas na mídia e que queriam toda aquela exposição (impossível alguém se concentrar com flashs e torcedoras invadindo o campo a toda hora), mas de fato não formaram uma equipe.

Ah, mas o time só pegou equipe fraca... Calma, primeiro todos os times que estão na Copa passaram por uma eliminatória (concordo que alguns são bem melhores que outros, mas ainda assim passaram por uma eliminatória – um vestibular, digamos assim), segundo passaram por um jogos classificatórios. Então, mesmo sem uma camisa de peso e com medo das seleções mais fortes elas entram em campo de igual para igual (ambas precisam ganhar para continuar). A diferença é que uma tem mais prestígio que a outra.

Então é isso: Que venha a perigosa e temida Holanda. Afinal, eles nunca ganharam uma Copa mas já fizeram muita coisa pelo futebol mundial.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E a Europa heim?

Eu sei que eu já falei das favoritas. Mas nesta Copa vou dizer que os times europeus favoritos estão numa maré! Hoje de manhã foi a vez da Itália.

Foi a pior campanha da Itália em copas (em 2010 não venceu nenhum jogo). O jogo pareceu um tango argentino de tão dramático que foi (pelo menos a parte que eu vi). Depois dele a Esquadra Azul (Squadra azzurra), atual campeã mundial, vai ver o campeonado da Europa, junto com os vice-campeões, Os Azuis (Les Bleus). Ui, credo, será que é a cor que está influenciando esta Copa? Vale lembrar que a Inglaterra já mudou de calção por pura supertição (e deu certo).

A Eslováquia participa pela primeira vez de uma copa como país independente e passa para as oitavas. Vai jogar (provavelmente) contra a Holanda. Mas isso eles só saberão depois do jogo entre Holanda e Camarões.

De qualquer forma não será desta vez que a Itália conquistará o penta. Por enquanto o Brasil ainda é o único Penta Campeão.

O jogo só acaba quando...

Em que momento um time pode comemorar a sua classificação? Quando o juiz apita o final do seu jogo? O jogo de ontem entre a Eslovênia e a Inglaterra mostrou que não. Depois de um início nervoso o English Team foi a luta e ganhou a Eslovênia por 1 x 0. O resultado levava as duas seleções para as oitavas de final. Levava, porque o time eslovênio se esqueceu de um único detalhe (quase irrelevante) o jogo entre Estados Unidos e Argélia. Faltava tão pouco, um ou dois minutos, os EUA não iam marcar um gol, iam? Não só iam como marcaram e ai toda a história mudou.
Agora a Eslovênia prepara as malas de volta e a Inglaterra que era primeira colocada de seu grupo é a segunda e pega a Alemanha na próxima fase (ui, ui, ui o primeiro clássico, duas grandes, duas favoritas). Já os EUA, que voltaria para casa ficou com a primeira colocação e pega Gana nas oitavas.

Particularmente gostaria muito que Gana ganhasse, mas sinceramente acho que os americanos ganham. O futebol do Tio Sam vem crescendo bastante nos últimos tempos e o futebol de Gana não está aquela coisa (ganhou da Sérvia e empatou com a Austrália).

É, antes de ontem eu achava que o jogo só acabava quando o juiz apitava. Hoje eu digo o jogo só acaba quando o juiz do outro jogo apita.

P.S: Para dar sorte os ingleses entraram em campo com o calção vermelho e não branco. Funcionou em parte.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Para quem achava que ia dar marmelada

Para os que não sabem Marmelada é um termo utilizado para designar um jogo em que nenhum dos times procura o gol. É um jogo que fica, basicamente, no meio de campo. Muita gente esperava que México e Uruguai seria assim.

Mas não contavam com o fator Argentina. Os 'hermanos' metem um certo medo, assim como o Brasil, em várias seleções. Os argentinos são os primeiros do grupo B e quem fosse o segundo da chave A seria o felizardo a pegar a seleção do técnico Maradona.

Então a ideia de marmelada caiu por terra e o Uruguai ganhou de 1x0.

Bola na mão ou mão na bola

Todo mundo viu: Luiz Fabiano deu duas ajeitadinhas na bola antes de marcar um golaço contra a Costa do Marfim. Mas vamos combinar que o descaramento nem foi tão grande perto de uns e outros que temos por ai. Pode-se dizer até que a primeira arrumada nem foi de propósito.



Vamos as mais conhecidos e, digamos assim, mais recentes ajudinhas:


1986: Copa do México. Final Inglaterra e Argentina. Placar 2x1 para 'Los Hermanos' com a ajuda da 'mão de Deus', segundo o autor dos gols, Diego Maradona (o técnico da atual seleção argentina). Perguntado se foi a mão do todo poderoso que agiu novamente me 2010, Maradona respodeu: "O braço"



2009: não foi Copa, mas eliminatória. O jogo era França e Irlanda. Henry faz um passe (de manchete vamos dizer) para Galas marcar o gol que levou os vice-campeões mundiais para a África do Sul. Eu vou dizer que os 'azuis' só não contavam com a ira dos deuses irlandeses durante a competição na África do Sul.

Quem são (eram) os favoritos

Algumas pessoas não sabem porque alguns países são favoritos em uma Copa do Mundo. Não se apavore se isso normalmente acontece com você. Isso acontece porque, apesar de sermos o país do futebol, nem sempre nos damos conta do que se passa nos outros países e quando sai a escalação da FiFa ela parece não fazer sentido. Ah, sem esquecer que as vezes o brasileiro tem sérias crises de amnésia (se isso já acontece com coisas que nos influenciam diretamente, imagine com o futebom mundial!).

Então vamos lá. O ranking da FIFA mostra as nove primeiras seleções do mundo, as melhores.
1. Brasil - cinco títulos
2. Espanha -
3. Portugal -
4. Holanda -
5. Itália - quatro títulos
6. Alemanha - três títulos
7. Argentina - dois títulos
8. Inglaterra - um título
9. França - um título
21. Uruguai - dois títulos

Vamos combinar que é quase uma covardia competir com os nove títulos europeus! Ok, os sul americanos também contabilizam nove, mas dá uma olhada na posição do Uruguai! Espanha (A Fúria), Portugal e Holanda (Laranja Mecânica) nunca ganharam títulos mas são consideradas importantes pelo investimento e desenvolvimento dos times. Segundo o livro Futebol 10 entre as seleções que nunca ganharam uma Copa, a mais talentosa é a da Holanda e Espanha e Portugal nunca ganharam mas já produziram muitos jogadores bons.

É bom lembrar que mesmo quando não estão bem estes times merecem muito respeito (como todos aliás) e de certa forma merecem ser temidos, pelo menos por causa do peso da camisa, do nome que tem no futebol mundial. É justamente por este peso que estas seleções tem obrigação de vencer. Os representantes dos continentes africanos, oceania e asiático merece ganhar e vem ganhando força ao longo dos anos, mas a obrigação não está nos ombros deles. Eles querem não fazer feio (e querem ganhar) e por isso se defendem (e as vezes apelam).

Então, por favor, não venham me dizer que a Itália ou a Alemanha não é favorita, que o Brasil não é favorito! Eles sempre serão e como disso Alex Escobar, repórter da Rede Globo, a Itália quando não está boa é que mete medo. Na última copa ela não estava na sua melhor forma e se tornou tetra campeã.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nossos mitos futebolísticos

Considero o Kaká meu primeiro grande objeto de estudo (calma, antes de pensarem qualquer coisa errada leiam). Escolhi o Kaká para meu primeiro post porque lá se vão praticamente oito anos que escolhi ele para estudar durante o mestrado.

Minha dissertação tratou da mitificação contemporânea e escolhi Kaká porque ele me parecia representar muito bem um mito contemporâneo. Por pura observação cheguei ao moço e até acho que este post pode contribuir para a continuidade da narrativa mítica. Mas aqui a ideia nem é esta.

No entanto, o que pude perceber durante as minhas pesquisas, é que não só o Kaká é um mito. Os jogadores de futebol (sem falar em artistas e personalidades) de forma geral fazem parte deste discurso mítico (o que foram aquelas reportagens especiais do Jornal Nacional sobre os membros da seleção). Não estou dizendo aqui que isso é bom ou ruim, mas é uma constatação que nos tira daquela ideia que mito são apenas os gregos e romanos. Precisamos dos mitos ainda hoje eles dão exemplos para a sociedade, nos fazem refletir sobre algumas coisas.

Bem, o fato é que nossos mitos futebolísticos estão lá na África do Sul. E tomara que façam o que deve ser feito da melhor maneira possível!

P.S: Quase não acreditei no Kaká que vi no domingo, mas vamos combinar que ninguém é de ferro e a Costa do Marfim pegou pesado.

Mulheres no futebol!


Confesso, a Copa do Mundo (e o Luluzinha Camp SC) me empolgaram para começar este blog. Antes de tudo gostaria de deixar claro que sempre gostei de futebol e é ele o meu objeto de estudo. Isso mesmo eu teorizo sobre o esporte em questão.


A ideia não é discutir os rostinhos bonitos que aparecem no campo nem tão pouco os resultados (apenas). Quero falar desta paixão que une todos os brasileiros (incluindo os que não gostam de futebol).


Vou colocar um pouco das minhas pesquisas, das minhas impressões, da minha visão (feminina) sobre o assunto.


Então é isso! Espero que gostem