quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Li num livro

Minhas leituras ultimamente estão tratando muito de futebol. Coisas da profissão de estudante que exerço nas minhas horas vagas. O mais recente,que terminei mesmo foi A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar (Armando Nogueira, Jô Soares e Roberto Muylaert). Sobre o livro já escrevi no Leio Enleio. Aqui quero abordar alguns pontos que realmente aprendi com ele.

1.Deixar estádio pronto nas vésperas do evento não é coisa nova. O Maracanã, palco da final fatídica de 50, não estava pronto quando a Copa do Brasil de 1950 começou.

2.Na década de 50 a rivalidade entre Rio de Janeiro e São Paulo era tão grande que se escalava para os jogos no Rio mais jogadores cariocas e nos de São Paulo mais paulistas.

3.Estou chegando a conclusão que quando o empate basta para o Brasil é melhor que os jogadores não saibam. Eu não sabia, mas na final de 50 o Brasil só precisava empatar com o Uruguai.

4.Não é de hoje a mania que temo de colocar a culpa em algumas pessoas. A Copa de 50 foi a vez de Barbosa (o goleiro). Mas isso o livro só confirmou.

5.A Copa de 50 foi a primeira depois da Segunda Guerra Mundial. O Brasil, portanto, era o melhor candidato a sede porque, simplesmente, a Europa ainda estava destruída. A de 54 foi na Suíça porque era considerado um país neutro no conflito.

6.Teve uma tal história que em uma saída de bola o técnico brasileiro da Copa de 54 tentou trocar a bola do jogo pela que a seleção estava acostumada a treinar. Mas não foi só isso...

7.... depois do jogo que desclassificou o Brasil da Copa da Suíça, contra a Hungria, o time brasileiro partiu para a pancadaria. Uma vergonha! Esta foi a batalha de Berna.

8.Por falar em Hungria, os húngaros foram os primeiros a fazer aquilo que, hoje qualquer atleta sabe que tem que fazer, aquecimento. Segundo relatos dos autores os húngaros já entravam em campo suando e por causa disso quase sempre os dois primeiros gols eram deles e logo no início.

9.Na Copa de 50 o Brasil jogou de camisa branca com golas azuis em 54 já era a amarela, escolhida por ser uma das cores da nossa bandeira e por, com exceção da Suécia, não ter outra seleção com esta cor. A Suécia, aliás, foi a outra finalista da Copa de 58 e o Brasil teve de jogar com a camisa azul.

10.Desde sempre a Argentina é a grande rival do Brasil. Só a partir da era Pelé é que “passou a ser normal ganhar da Argentina.

11.Na década de 50 os árbitros usavam camisa amarela e calça cumprida branca, além de tênis, claro. Ah, “e não tinham coragem de marcar pênalti, a menos que a falta dentro da área fosse brutal”. Foram os árbitros ingleses que vieram apitar na Copa de 50 que começaram a marcar pênalti e a usar uniformes pretos, calções e chuteiras. Claro que o brasileiro não deixou por menos e os ‘pais do futebol’ foram recebidos com assobios e risadas até que o costume pegou.

12.Ninguém lembra da de 54 aqui no Brasil porque ela é um sanduíche, digamos assim, entre a nossa pior derrota (a final contra o Uruguai no Maracanã) e a nossa maior glória (o primeiro campeonato disputado contra a Suécia).

13.Frase do Armando Nogueira que eu adorei (uma das tantas que tem no seu texto). Trata da Copa de 50: “Pela primeira vez, que eu visse, os deuses do futebol decidiram castigar a soberba de uma nação”. Então vamos lá, que a próxima é aqui também.

3 comentários:

  1. Muito bacana! Adorei essas curiosidades. Nessa época aí eu não era nem projeto ainda rsrs e realmente não se ouve muito falar dessas copas. Simbóra pra 2014, espero que com glória rsrs

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  2. Não ouvimos falar e quando ouvimos tem pouquíssima análise e quase sempre é de gente que, como nós, não estava lá. Abraços e obrigada pela visita.

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  3. Gostei, Clau!!!!
    A batalha de Berna, de fato, foi uma vergonha...
    Estou prestando mais atenção no futebol ultimamente, pq será?
    Risos, bj, amiga!

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Ajeita a bola e chuta!