domingo, 31 de julho de 2011

Arrependimento

Se tem uma coisa da qual eu me arrependi esta semana foi de não ter visto o jogo Santos e Flamengo na última quarta-feira (27 de julho). Não vi porque primeiro tive um compromisso, daqueles que não dá para faltar, segundo porque, quando cheguei em casa ainda estava passando mas o cansaço era tanto que preferi ir para cama e dormir um bom sono (se é que isso seria possível com um torcedor em casa). Não me rendi aos encantos do jogo e agora me arrependo. Vi os momentos que passaram em todos os canais, jornais, sites e tudo mais. E foi, de fato um jogão. Como ouvi um dos jornalistas falar: daqueles que até quem não gosta de futebol admira.

E isso não foi só pelo número de gols: nove (sabe o que é isso?), mas pelos lances LINDOS que os envolvidos proporcionaram (e aqui deve-se citar especialmente Ronaldinho Gaúcho – o que foi aquela cobrança de falta? – e Neymar – adoro o Angelim, mas aquele drible...nossa). O que não se viu foi retranca. Nenhum dos dois times se fechou só porque estava ganhando ou só porque estava perdendo. Tanto que a posse de bola foi bem equilibrada: 53,88% pra o Flamengo e 46,12% para o Santos. Foi mágico!

Acho que os últimos acontecimentos (incluo aqui a Copa América, que , certamente mereceria um outro post) me permitiram começar a explicar porque eu gosto do futebol. O futebol permite o improvável – como foi o caso da derrota do Brasil e da Argentina – mas também possibilita o equilíbrio sem igual e com muito respeito. Achei muito massa e poucas vezes (para não dizer nenhuma) vi um time que perdeu sair sem reclamar, como também vi torcedor vencedor dizer que naquele jogo empatar não seria um mau resultado (para os que conhecem não foi o Sr Guto que falou isso).

Então tá, vou tentar voltar aqui com mais frequência.

terça-feira, 29 de março de 2011

Lista de livros sobre futebol

Sociologia do futebol (Richard Giulianotti. Editora Nova Alexandria): este eu não li inteiro mas utilizo muito tendo em vista o meu objeto de estudo: o futebol. Ele é bem interessante e explica muitas coisas interessantes. É um texto teórico e trata de questões ligadas ao esporte no mundo.

Time dos Sonhos (Luis Fernando Veríssimo. Editora Objetiva): Eu sempre gostei do Luis Fernando Veríssimo. É bem interessante. São crônicas que foram publicadas em jornais. Nele Veríssimo coloca toda a sua paixão. Fiz um post no Leio Enleio, já que este eu li inteiro. Diferente dos outros livros não é um estudo acadêmico.

Footballmania (Leonardo Affonso de Miranda Pereira. Editora Nova Fronteira): este eu comprei recentemente e li pouco mas já tem muitas marcações que certamente utilizarei em meus estudos. Mas o subtítulo pode mostrar o tema da obra: Uma história social do futebol no Rio de Janeiro, 1902 – 1938.

O futebol explica o Brasil (Marcos Guterman. Editora Contexto): Li inteiro e é muito legal! Ele não é apenas uma história do futebol ele une a história do Brasil com a do esporte. É muito interessante porque é difícil encontrar esta relação, apesar de muitas pessoas fazerem isto.

Futebol 10 ( Martin Cloake, Glenn Dakin, Adam Powley, Aidan Radnedge e Catherine Saunders. Editora ARX): Não é um livro difícil de ler e para os que não são muito chegados as letras tem bastante gráfico, fotos e mapas. Mostra um pouco do futebol nos cinco continentes e eu comprei durante a Copa de 2010.

A Copa que ninguém viu e a que não queremos lembrar (Jô Soares,Armando Nogueira e Roberto Muylaert. Companhia das Letras):Trata da Copa de 1950 e 1954. São histórias muito legais de quem acompanhou os dois eventos. Vale muito a pena.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Caiu na área é pênalti

Eu sei que estou devendo um monte de comentários e eu sei que, por serem factuais, dificilmente conseguirei colocá-los aqui. Mas vamos por parte. Primeiro, estou feliz de conseguir voltar a escrever neste espaço. Realmente estava com saudades. Depois, de todos os assuntos que tratam de futebol que foram abordados nos últimos meses decidi que escreveria mais uma para o glossário do futebol. O tema agora é pênalti. Pensei nele na semi final da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo. Eu sei, o Campeonato Carioca está quase acabando mas só agora deu certo de escrever e como não o jogo foi só a fonte inspiradora achei que não teria problema. Então vamos ao tema.

Pênalti nada mais é do que uma falta que aconteceu dentro da grande área (para constar, grande área é a maior área marcada em torno do gol e pequena área é a menor área marcada em torno do gol). Mas, claro, não é só cair na área para ser pênalti. Se colocarem a mão na bola dentro da área também é pênalti (já que, só para lembrar, no futebol não é permitido colocar a mão na bola, é falta, portanto). Então se foi um passo fora da área é só falta. Mas o pênalti também entra em campo quando de um jogo precisa sair um vencedor mas termina empatado. O exemplo mais clássico, para os brasileiros é da final de 1994.

Se fôssemos comparar com outro esporte (dadas as devidas proporções e regras, claro) poderíamos pensar no basquete, mais precisamente no lance livre do basquete. A diferença mais visível é que enquanto o basquete tem apenas um jogador participando da ação no futebol temos dois – o goleiro e um jogador de linha. O handebol também tem disso, o tiro de sete metros. Mas não é nada disso que eu quero falar – e é ao mesmo tempo.

Vocês já pensaram no momento do pênalti. Aquele instante que antecede a saída da bola da marca. Para nós, meros torcedores, é fácil chamar o jogador que bateu e errou e XNU*EO&Ï&RTIYEOYETU assim como fica fácil exaltar o goleiro que pegou a bola e vice-verso. Mas além de técnica, e não há dúvida de que tem ter técnica, tem que ter treino, muito treino de bola e de emoção. Ai que entra o X da questão. A bola é importante mas controlar a emoção é fundamental. Clubes e seleções devem treinar isso com seus jogadores, até porque um dos dois jogadores vai perder aquele lance, mesmo que o goleiro não pegue a bola e ela vá, sim, para fora. Eu acho que são justamente dirigentes e jogadores que, junto com os torcedores, fazem este momento emocional que envolve o jogo e neste momento concentração é tudo.

Futebol é emoção, mas só isso não basta.