quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Bisbilhotando o blog alheio

A palestra de Marcos Castiel para os alunos do curso de Jornalismo da Satc foi 10. Foi por ela que cheguei ao blog do Castiel. Gostei bastante.

Não vou conseguir me controlar....

Achei estranho e quero aqui perguntar:

O ex-técnico do Santos, Dorival Júnior, foi demitido pelo que estão dizendo que ele foi?

O que estamos fazendo com nosso ídolos, de novo?

Hoje era isso!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Duas coisas...

Duas coisas me chamaram a atenção neste fim de semana.

A primeira foi a entrevista que li da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, no site globoesporte.com. Gostei e foi bastante explicativa para mim. Gostei do que li. Gostei da postura que ela assumiu diante do clube (e diante da crise que o clube passa). Na boa que me pareceu um bom exemplo para outros dirigentes.

A segunda foi o ‘jogo falado’ de Neymar. Neste momento fiquei preocupada e triste. Um menino de dezoito anos, ídolo de uma torcida não pode ter algumas posturas. Isso para mim serve para qualquer ídolo, independente de idade, área de atuação... Suas atitudes chegam, para mim, perto das de Felipe Melo tão falados durante a Copa do Mundo. Para quem joga futebol, ou qualquer outro esporte, a primeira coisa é trabalhar em equipe. Não adianta apontar culpados. Há um sistema por trás disso que esquece que Neymar é um garoto que precisa de nãos e que deve aprender a ter equilíbrio para poder ser, de fato, um grande ídolo.

Não gosto de terminar com ‘ses’, mas vamos pensar, só para constar: E se ele tivesse ido para a Copa? E se tivesse tido atitudes como sem pensar em momentos de decisão?

O post de hoje é mais para constar. O que acham de tudo isso?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que fazemos com nossos ídolos?


Que eles estão por toda parte e fazem parte da nossa vida, simplesmente como pessoas admiráveis ou como verdadeiros mitos, eles estão e disso não se pode ter dúvida. Mas o que fazemos com estas pessoas... para onde as mandamos quando, por algum motivo, elas saem da cena principal? Fiquei pensando nisso quando vi a entrevista que o ex-jogador e ex-treinador do Flamengo, Andrade, concedeu ao programa Esporte Espetacular.

Até o ano passado não conhecia muito da história de Jorge Luís Andrade da Silva. Para mim ele era o auxiliar técnico do Flamengo, que estava lá há um bom tempo. Ponto. No ano passado ele se tornou o grande líder de um time que saiu da lama para conquistar o sexto título brasileiro. Muito mais do que isso ele foi o exemplo do ídolo-fã. Aquele que construiu uma carreira como jogador, fez parte de uma geração de ouro, e também fez grandes conquistas do outro lado. Guardada as devidas proporções acho que Andrade, tem um pouco de Zico com relação a isto.

Tirando esta parte, digamos, mais emocional. Claro que a diretoria teve seus motivos e o caso não é a demissão.

Vamos pensar em uma coisa. Quantos técnicos são demitidos (e nunca vi um país para tanto rodízio de treinador de futebol) e quantos, de fato, ficam desempregados por mais de seis meses? Poucos, bem poucos. Eles são a cara de um time e no dia seguinte estão em outros. Vamos pensar que o Murici, para mim, era a cara do São Paulo; o Felipão era a cara do Grêmio e depois do Palmeiras assim como o Luxemburgo foi durante um tempo a cara do time do Palestra Itália.

Porque o Andrade não está empregado é a dúvida que paira no ar. Será incompetência técnica (acho difícil, especialmente por 2009); sua imagem está associada ao do clube rubro-negro (talvez); preconceito (espero que não. Aliás, só levanto esta hipótese porque a levantaram ontem na entrevista).

Na verdade só estou escrevendo este texto porque realmente fiquei intrigada com a matéria de ontem (é o jornalismo agendando nossos assuntos lembram colegas jornalistas). Não quero desmerecer o trabalho de ninguém. Quero saber o que fazemos com nossa memória e com pessoas que foram, e são, importantes dentro da história de um esporte tão falado dentro do Brasil. Claro, Andrade não será o primeiro nem o último e ai está a minha preocupação.

Do drible ao Pas de Deux

Este é um vídeo que eu acho que tem tudo a ver com o conteúdo deste blog. Minhas alunas do curso de Jornalismo, Juliana Nunes e Elizangela de Bona, fizeram para o projeto de Tele. Vale a dica:

http://www.youtube.com/watch?v=MTcaIK9NCzk

Parabéns meninas!!! Ficou muito bom e, talvez, seja uma belo chute no preconceito que envolve as duas práticas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Levantou poeira para tirar o pé do chão


Talvez a música de Ivete Sangalo nunca tenha sido tão usada (ou tão lembrada) quanto no dia em que a Fonte Nova foi implodida (29/08). O Estádio Otávio Mangabeira foi implodido para dar espaço a Arena Fonte Nova, que deverá ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Setecentos quilos de explosivos transformaram em poeira quase sessenta anos de história (conforme o site Wikipédia o estádio foi inaugurado no dia 28/01/1951), mais de trezentos clássicos baianos, entre Bahia e Vitória, ou simplesmente Ba-Vi.

Na verdade a Fonte Nova levou com sua poeira muito mais do que isso. Levou parte da identidade de muitos baianos que viam lá uma casa em que se reuniam com seus semelhantes, seus compatriotas de futebol, para sorrirem ou chorarem juntos. Cada vez mais me impressiono com a força do esporte! O que a poeira deixou foi saudade, mas a certeza de que tragédias como a que aconteceu em 2007 não vão e não devem mais acontecer ali (uma sede da Copa do Mundo).

É engraçado como os símbolos e ícones nos reúnem em torno de uma mesma causa ou celebração. A implosão da Fonte Nova me fez ver lágrimas em pessoas que pouco se envolvem com o futebol, mas trazem consigo a lembrança da infância: pai e irmãos indo torcer, indo celebrar. Da mesma forma me fez ver pessoas que demonstram todo o seu amor pelo time se emocionarem e fazerem silêncio por um minuto em respeito, in memoriam. De fato foi o que restou: Memória. Tudo isso forma a identidade de um povo, tudo isso forma uma nação.

Até 2014 vai ser assim: casas serão reformadas (olha o Maracanã ai gente!), casas serão construídas (o estádio do Corinthians), outras foram demolidas para dar espaço ao novo (a Fonte Nova).

Hoje a poeira levantou. Amanhã veremos torcedores tirar o pé do chão com suas coreografias e seus hinos.

FONTES:
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5613846
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/08/estadio-da-fonte-nova-e-implodido-em-salvador.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Oct%C3%A1vio_Mangabeira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A sociedade do Espetáculo no Futebol

Em primeiro lugar mil desculpas quanto a demora. Nossa estava com saudades! Mas ultimamente sobra ideia para pouco tempo. Estou lendo vários livros que dizem respeito à Sociedade do Espetáculo e crítica da mercadoria. Tais leituras estão me fazendo refletir sobre algumas questões relacionadas ao esporte nacional. ‘Pronto’, pode pensar, ‘lá vem ela... Este texto deveria estar em outro blog’. É e não é. Certamente ele se fará presente, com outra cara, no tal blog mas certamente acho que ele é muito pertinente aqui.

Fiz estas ligações quando, lendo Guy Debord e vendo matérias ligadas, especialmente, ao Santos (neste momento meu amigo leitor olha a tela com cara de quem diz: agora pirou de vez!). Calma! Vamos ver se consigo me explicar melhor...

Na verdade o Santos me deu a ideia, mas pode se aplicado a quase tudo. Vamos lá: primeira citação que me trouxe este comentário que aqui escrevo “o espetáculo é a principal produção da sociedade atual” (p. 17). Ah, e “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens”(p.14).

Agora vamos comigo ao futebol. Na boa, se tem uma coisa que se faz com o futebol nos dias de hoje é espetacularizar. Quantos times nem são isso tudo mas para quem só vê as matérias dos jornais parecem? Não que eu seja radicalmente contra isso. Imagens e matérias emotivas e tudo mais são muito legais de ver. Ver o espetáculo que as torcidas dão idem. Mas tem uns exageros que nem sei. É o que me faz acreditar na velha história do ‘pão e circo’ sendo o futebol, no caso, o nosso circo (e bota circo nisso!). É bom lembrar que circo aqui não apenas aquele que nos diverte, mas o que nos diverte e nos tira a direção. E ai, mais uma vê, trago Guy Debord dizendo que “quando o mundo real se transforma em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico”.(p. 18) O futebol da mídia torna-se de fato uma relação pessoal que é feita através das imagens que são encaminhadas para nós sobre os jogadores (imagens, aliás, boas ou ruins).

Agora, por que pensei nisso quando vi o Santos? Porque o Santos é o time da vez. Os meninos dançadores jogam bem, admito. Mas confesso que por vezes me questiono se parte do que eles jogam não fica mais evidente tendo a mídia toda em cima. E um pouquinho pior, na minha opinião, mostrando o que eles têm ou deixam de ter (com 19, 20 anos) por causa do futebol. Não que eles devam deixar de comprar mas tornar tudo isso um espetáculo? Será? Citei o Santos mas reafirmo: cabe para qualquer time que se tornar a estrela deste palco ou para qualquer ator que se apresentar em monólogos nos palcos verdes dos campos de futebol.

P.S: Obviamente todas estas imagens e espetáculos possuem ainda uma coisinha bem legal (ou não dependendo de quem ler) elas criam as identidades necessárias para, de alguma maneira, estes torcedores se sentirem parte de uma nação. Tais identidades, diversas e heterogêneas que formam nações dentro de nações, tribos dentro de tribos, são próprias dos nossos tempos... ta bom, terminei.